Referências bíblicas: Sl 63.1-3; Am 8.11; Mt 4.1-4; Jo 4.13-14; Jo 7.37; Is 55.1; Jr 29.13; Tg 4.8
Deus promete saciar nossa FOME e nossa SEDE! Os textos lidos não deixam dúvidas de que todos os homens têm necessidades espirituais assim como nossos corpos físicos têm necessidade de alimento e água.
Em II Coríntios 4.18 lemos: “não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Esta palavra nos alerta para a realidade espiritual, que é muito mais séria e real que o nosso mundo material. Se nosso físico necessita ser alimentado para que vivamos com saúde, muito mais o nosso espírito! Se não comermos ou bebermos por tempo demais, enfraqueceremos e ficaremos sujeitos a todo tipo de doenças, que se não forem tratadas a tempo, nos levarão à morte.
Com o nosso homem espiritual não acontece o mesmo? Para que não corramos esse risco é que existem a FOME e a SEDE, um mecanismo que manda um alerta ao nosso cérebro dizendo que precisamos comer ou beber. O que acontece, então, é que comemos ou bebemos e ficamos satisfeitos ou saciados; e já não temos mais fome ou sede até que o processo se repita.
Espiritualmente acontece a mesma coisa! Isto, é claro, com os filhos de Deus cujos espíritos foram vivificados com o novo nascimento em Cristo Jesus. Os que estão no mundo continuam mortos em seus delitos e pecados; e seus espíritos nem fome têm, pois estão mortos. Se é assim, por que é que temos nos alimentado tão pouco de Deus? Se isto é verdade, por que quando nos reunimos para orar, louvar e ouvir a ministração da Palavra de Deus, alguns nos dão a impressão de que já chegaram à reunião, saciados e alimentados, pois não demonstram estarem famintos da presença e unção do Espírito Santo? Por que é que tantas vezes não conseguimos nos sossegar aos pés do Senhor nem por uns 15 minutos em nossa casa?
A resposta a estas perguntas é: FOME e SEDE! E de fato temos tido fome e sede de Deus, pois é impossível que alguém que tenha nascido de novo não tenha essa necessidade em seu espírito, assim como é impossível a uma pessoa o não sentir fome e sede. Não é uma opção nossa, mas uma necessidade que independe de nossa vontade. Somente a enfermidade nos tira a fome.
Mas como vimos antes, há um outro fator importantíssimo, se estamos alimentados ou saciados já não temos fome e sede. O que estou querendo dizer com isso? O óbvio, alguém que esteja alimentado e saciado não precisa mais comer ou beber. Por exemplo, estando na rua faço um lanche daqueles (Um “X – alguma coisa”, bem gorduroso e regado a muita Coca-Cola) e já não posso mais ver nada “comestível” na minha frente, senão…
Logo depois chego em casa e minha esposa me aguarda com uma surpresa: pediu que meu filho preparasse um churrasco daqueles. Eu posso até tentar comer um pouquinho, por consideração a eles ou até por gula mesmo, mas certamente nem mesmo o melhor churrasco do mundo será bem apreciado e degustado numa situação assim. Há comida e comida boa, mas não há fome. E quando não há fome não podemos comer.
Isto acontece espiritualmente também: temos fome e sede de Deus, mas no caminho temos sido tentados, assim como Jesus, a comer daquilo que o diabo nos oferece. Só que ao contrário de Jesus, temos muitas vezes nos banqueteado das imundícies oferecidas por Satanás, pelo mundo, pela nossa própria carne, nossas boas intenções, nossas preocupações e ansiedades, nossos “jeitinhos”, etc. Então, aos poucos vamos tendo cada vez menos fome de Deus, já que temos nos saciado e alimentado com tantas outras coisas. E as vezes até com “coisas de Deus”, pelo menos com coisas que julgamos serem de Deus. Mas nada pode substituir o próprio Deus, a fonte e o manancial da vida.
Eis a solução: permitir-nos sentir fome e sede. Achegarmo-nos a Deus, famintos e sedentos de Sua presença. Assentarmo-nos à sua mesa e nos deliciarmos com a sua abundância. Mas para tanto, é necessário que rejeitemos as ofertas do diabo, as obras da carne, e paremos de comer ou “beliscar” as iguarias e manjares do rei (aparentemente sempre muito atraentes e gostosos, mas nunca nutritivos) e nos apeguemos ao Senhor e à Palavra, como fez Jesus, que resistiu ao diabo porque sabia que o homem não necessita só de pão, mas sim de tudo o que procede da boca do Senhor; e mais: fez da vontade de Deus a sua comida e sua bebida (Jo 4.34).
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